8/11/2008
Unpluged
A esta altura estou pendurado. Biscoito chinês... nunca fui tão enganado. Colaram a ampulheta. Merda! Para cada passo, um descompasso. O que faço com a pilha de registros mal-entendidos? O que faço eu aqui? O absurdo silva breve. A possibilidade do trem é o trilho. Essa mania de tangenciar proposta Meu pseudônimo anda sempre de óculos escuros, saltando pela boca, fraturando ecos, riscando o caderninho. Desertor de alicerceis. Por favor, um shot de otimismo, uma frase feita, um tiro na testa. Merda! Sem testa, sem teto, sem chão. Op arte vertiginosa Labirinto de promessas. Sem testa. Merda! Tudo tão ficcional, tão crível. Arrrrrrrrr ultra barroquismo ensurdecedor. Acaba logo com esse refrão Frota avassaladora prêt-à-porter. Estou para ser derrubado. Merda! Bidimensão rasa. Arrrrrrrrrr plano-piloto. Formigas do caralho. Não conhecem a gravidade? Determinante Implacável Vertical. Merda! Arrrrrr essa exatidão. Essa areia fina escorrendo. Esses neurônios encebados, escorridos. Ultradiano, circadiano, circaseptadiano. Vou matar o tempo com trocadilhos idiotas. Pow pow pow! Sem testa Sem chão. Merda! Que diz a meia-noite à absalidade profunda? Os ossos rangem. O galho As vísceras. Merda! Cansei de me regurgitar. Esta tudo bem doutor? E essa insuficiência? E a gravidade?
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