Até que a burla
vire bula
até que a bula
vire burla
Até que o hit
vire kitsch
e o Kitsch
vire hit
Até que a soda
vire sova
e que a sova
vire soda
Até que o avesso
vire verso
e o verso
vire o avesso
Co-média wannabe
Folhetim motoperpétuo
Redunda
como a bunda
na merda!
11/27/2008
11/14/2008
Diáspora
Depois do casebre, o penhasco. Caminhei pelos meus subúrbios, pelas minhas margens. Uma diáspora pelas fendas. Caminhei até a porta aberta dos meus olhos onde só se via um menino nos seus trezentos e sessenta graus varando o horizonte. Ele cuspiu até o último refrão, raspou com palha de aço a pele morta, do bolso sacou seu buraco negro portátil, e nele desapareceu. Traguei o ar de verossimilhança nenhuma dessa ficção empurrada goela abaixo, no limiar da ilha, onde garrafas de SOS aportam. Tostei ao sol junto as utopias de verão refrescadas por refrigerantes. Regurgitei pelo mito, pela caverna, pela luz estroboscópica de hipertextos, pelos parafraseados. Dispertei sonâmbulo pelas beradas de arranha-céus babilônicos, de mãos dadas com o fascínio, com o fascínora, com o fascista ditador, com a boa publicidade.Procurei. Não encontrei. Não existem mais pára-lixos? Me encontrei na inutilidade. Larguei Sísifo ladeira abaixo iluminado pelo grande letreiro néon ofuscando tudo, iridescendo nada.
11/04/2008
Subalterno da Vertigem
Prossegue,
mesmo com sinal de perigo.
Lâmina afiada do sorriso.
Avança, vagas inefáveis,
membranas em marcha lunar.
Veredas melódicas do olhar
segue em silêncio satori,
expiração em parafuso,
língua em arabesco,
em uivo noturno.
Circunscreve em fogo,
o subalterno da vertigem,
boca céu de abismo
Avança, esparge pelas margens,
anarquia alquímica dos sentidos,
em nove mil frases draconianas,
como lança-chamas no meu paraíso.
mesmo com sinal de perigo.
Lâmina afiada do sorriso.
Avança, vagas inefáveis,
membranas em marcha lunar.
Veredas melódicas do olhar
segue em silêncio satori,
expiração em parafuso,
língua em arabesco,
em uivo noturno.
Circunscreve em fogo,
o subalterno da vertigem,
boca céu de abismo
Avança, esparge pelas margens,
anarquia alquímica dos sentidos,
em nove mil frases draconianas,
como lança-chamas no meu paraíso.
10/13/2008
V de verso
O Sentido anda verborrágico
esquizofrênico
num hospital psquiátrico
desesperado
atrás de um significado
Errante, tropeçando
em significante
A coisa anda na bricolagem difusa
num salve-se quem puder
na complexidade profusa
A coisa anda ensimesmada
Na putaria deslavada
As coisas andam frenéticas
aos gritos
no gozo da superfície
na punheta de coelhos aflitos
O sentido anda obtuso
caindo em parafuso
em excesso
saindo como pus no abcesso
O sentido anda paupérrimo
anestesiado de quinquilharia
chorando oco o troco
na mais valia
Os sentidos andam na trilha
na ilha da fantasia
As coisas andam em prosa
no preço da mercadoria
O sentido anda no bolso
na anomia
como cordeiro binário
rastreado monitorado
manipulado
O sentido anda escasseado
na abundancia Pós Poli Pluri Multi
sem aderência
O sentido anda com urgência
com os segundos que se esmigalham
à deriva, sem narrativa
nos sentidos que se embaralham
A coisa anda em convulsão espectral
na jactância virtual
Na ânsia na discrepância
no desbum promissor
A coisa anda na arrogância
no poder do estado
ajoelhado para o deus mercado
no vale tudo neoliberal
filha da puta do caralho
Na embalagem bem planejada
pelos reizinhos do baralho
Na felicidade coisificada
fedendo vaidade
no ouro Biscate
da medíocredade perdulária
O sentido anda no bolso
atrás de legitimação
num angustiante simulacro
Andam as coisas como paleativos de plástico
mendigando civilidade
sofrendo de múltipla personalidade
Maltrapilha, quase morta
entuchada maçã na boca
como uma porca!
V de Verso
‘Sentido’
PPessoa
10/08/2008
Vocabulário III
9/12/2008
8/31/2008
Gárgula
“Tão sábio quanto queira, mas afinal é um homem.”
Montaigne
Existe uma mácula universal !
(... na dupla hélice)
Coloque o gárgula na janela !
Apagar o charuto no peito para fechar o corpo?
Apague nos olhos...
Ópio / Laudanum / Absinto
Formigamento do espírito
Desapropriei todos os meus seres
E a casa está vazia
Eclesiastes em chamas
Abolir os sintomas
Vou pintar a parede de amarelo
E chamar de sol
Late cão em versão dub um som monocórdico
Puxa o refrão!
Serve na bandeja os quitutes da nossa miséria
... com batatinhas chips e coca-cola!
_
Montaigne
Existe uma mácula universal !
(... na dupla hélice)
Coloque o gárgula na janela !
Apagar o charuto no peito para fechar o corpo?
Apague nos olhos...
Ópio / Laudanum / Absinto
Formigamento do espírito
Desapropriei todos os meus seres
E a casa está vazia
Eclesiastes em chamas
Abolir os sintomas
Vou pintar a parede de amarelo
E chamar de sol
Late cão em versão dub um som monocórdico
Puxa o refrão!
Serve na bandeja os quitutes da nossa miséria
... com batatinhas chips e coca-cola!
_
8/13/2008
Arapuca
Tirei a roupa, olhei-me no espelho e vi,
no teto, o quarto rodar. Nem sei como vim parar aqui. Foi num piscar noturno e pronto. Tesão na arapuca. Ela não é uma batedora de carteiras qualquer. Ela sabe onde está o convencimento e faz bom uso dele. Sorri, faz bico, ajeita o cabelo com um golpe oblongo e pirante. Caio. Qualquer um cairia. É difícil se estabilizar no cetim. Ela pede mais champagne. Coloca meu indicador em sua boca e faz deslizar para fora de seus lábios com um hábil entreato nos olhos. 33 rpm no teto. Estou entre a dormitada e a vomitada. Ela tem uma moeda de troca infalível. Seu rostinholindo engovenaveia afeita o mareado colchão d`água. Meia volta, e suas coxas estão como prensas, eu, como presa. Pensei ser escolado. Ela olha o sapato, o relógio, o sobrenome. Devo ser um possível de sua agenda, de seu futuro brilhante. Ela cruza as pernas, saboreia o batom, socila o champagne, cerzilha brechas de seu passado. Filme velho, comum, ordinário. Não para quem está nele! Ela sabe o que faz. Eu faço parte de seus planos, de sua bonequice de luxo, de seu paraíso artificial. Ela vai me arrancar até o último tostão. Estou lustroso, brilhante, tinindo, e quebrado.
no teto, o quarto rodar. Nem sei como vim parar aqui. Foi num piscar noturno e pronto. Tesão na arapuca. Ela não é uma batedora de carteiras qualquer. Ela sabe onde está o convencimento e faz bom uso dele. Sorri, faz bico, ajeita o cabelo com um golpe oblongo e pirante. Caio. Qualquer um cairia. É difícil se estabilizar no cetim. Ela pede mais champagne. Coloca meu indicador em sua boca e faz deslizar para fora de seus lábios com um hábil entreato nos olhos. 33 rpm no teto. Estou entre a dormitada e a vomitada. Ela tem uma moeda de troca infalível. Seu rostinholindo engovenaveia afeita o mareado colchão d`água. Meia volta, e suas coxas estão como prensas, eu, como presa. Pensei ser escolado. Ela olha o sapato, o relógio, o sobrenome. Devo ser um possível de sua agenda, de seu futuro brilhante. Ela cruza as pernas, saboreia o batom, socila o champagne, cerzilha brechas de seu passado. Filme velho, comum, ordinário. Não para quem está nele! Ela sabe o que faz. Eu faço parte de seus planos, de sua bonequice de luxo, de seu paraíso artificial. Ela vai me arrancar até o último tostão. Estou lustroso, brilhante, tinindo, e quebrado.
8/11/2008
Terceira Face
Terceira Face
Se der eles batem!
Estreito quarto asséptico
Maquiavélica asserção.
Engenheiros conceituais
das formas ideais
cheios de planos indefectíveis.
Não caio nessa prosopopéia operacional.
- Ratos!
Mitos sorrateiros
infiltrados:
Holly
Holly
Hollywood
Gravidez eterna sem concepção
Minha dream machine quebrou
mas estou aqui de peito aberto.
Terceira e única face do manifesto
O lugar para se estar não é o lugar.
Basquiat na caixa,
Buda na figueira,
Diógenes no tonel.
Pinball convulcional.
Oceano iridescente
das transartérias pulsantes:
nas seis cordas de Hendrix!
____________________________
poesia visual - Sem Título
Se der eles batem!
Estreito quarto asséptico
Maquiavélica asserção.
Engenheiros conceituais
das formas ideais
cheios de planos indefectíveis.
Não caio nessa prosopopéia operacional.
- Ratos!
Mitos sorrateiros
infiltrados:
Holly
Holly
Hollywood
Gravidez eterna sem concepção
Minha dream machine quebrou
mas estou aqui de peito aberto.
Terceira e única face do manifesto
O lugar para se estar não é o lugar.
Basquiat na caixa,
Buda na figueira,
Diógenes no tonel.
Pinball convulcional.
Oceano iridescente
das transartérias pulsantes:
nas seis cordas de Hendrix!
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poesia visual - Sem Título
Unpluged
A esta altura estou pendurado. Biscoito chinês... nunca fui tão enganado. Colaram a ampulheta. Merda! Para cada passo, um descompasso. O que faço com a pilha de registros mal-entendidos? O que faço eu aqui? O absurdo silva breve. A possibilidade do trem é o trilho. Essa mania de tangenciar proposta Meu pseudônimo anda sempre de óculos escuros, saltando pela boca, fraturando ecos, riscando o caderninho. Desertor de alicerceis. Por favor, um shot de otimismo, uma frase feita, um tiro na testa. Merda! Sem testa, sem teto, sem chão. Op arte vertiginosa Labirinto de promessas. Sem testa. Merda! Tudo tão ficcional, tão crível. Arrrrrrrrr ultra barroquismo ensurdecedor. Acaba logo com esse refrão Frota avassaladora prêt-à-porter. Estou para ser derrubado. Merda! Bidimensão rasa. Arrrrrrrrrr plano-piloto. Formigas do caralho. Não conhecem a gravidade? Determinante Implacável Vertical. Merda! Arrrrrr essa exatidão. Essa areia fina escorrendo. Esses neurônios encebados, escorridos. Ultradiano, circadiano, circaseptadiano. Vou matar o tempo com trocadilhos idiotas. Pow pow pow! Sem testa Sem chão. Merda! Que diz a meia-noite à absalidade profunda? Os ossos rangem. O galho As vísceras. Merda! Cansei de me regurgitar. Esta tudo bem doutor? E essa insuficiência? E a gravidade?
Farra Ignorante
Reminiscências
do que não lembro mais
Neons cerebrais
Bugingangas rebolantes...
a paudurescência é inimiga
da clareza?
Uma adália
para o cão louco.
Querosene e fogo
na mortália bordada
da farra ignorante
No fim...
é sempre uma fuga
sintrópica
do fim.
do que não lembro mais
Neons cerebrais
Bugingangas rebolantes...
a paudurescência é inimiga
da clareza?
Uma adália
para o cão louco.
Querosene e fogo
na mortália bordada
da farra ignorante
No fim...
é sempre uma fuga
sintrópica
do fim.
5/28/2008
Vocabulário
VOCABULÁRIO Performances, exposições, shows musicais e muita poesia. Chacal, Marcelino Freire, Marcelo Montenegro, Paulo Scott e convidados.
Domingo, 24_maio_2008, das 17h às 23h Entrada é franca Convidados: Virna Teixeira, Gero Camilo, Carolina Manica, Claudinei Vieira, André Sant’anna, euzinha, Amarildo Anzolin, Bruna Beber, Daniel Galera, Daniel Minchoni, Fernanda D’Umbra, Fernanda Siqueira, Flávio Vajman, Malásia Maria de Lourdes Ferreira Alves, Mário Bortolotto, Lirinha, Laura Leiner, Luana Vignon, Luciana Penna, Tainá Muller, Ana Rüsche, Ale Marder, Analu Andrigueti, Fabrício Corsaletti, Paula Cohen, Paulo Pessoa, Sergio Mello e Tony Monti. b_arco: rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 426 - Pinheiros
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