5/29/2007

Ichneuminídeo

Abrigo
Umbigo dos furores

Agitação macaqueada
para débeis acessórios
inúteis à alma.

Magnanimes vontades
chegam à surdina
Eriçam espinhas
do flagelo - não ter.

A vida se consome
mergulhada no lago de pixe
de um imperativo cifrão

Sombras propabólicas
Sobras
Sim-
bólicas
Céu loteado
Notas
dia-
tônicas.

Atrás do vento, do tempo
Correr
Nas lacunas do efêmero
Ungidos
dessa retórica tórrida.

Bop alucinado
Facas Lancinantes
Reflexos catados aos cacos
nos lixões.

Espelho.

Num canto, Deus pálido
à própria imagem.

...
“Muitas fêmeas do ichneuminídeo botam seus ovos diretamente sobre o corpo do hospedeiro. E como um hospedeiro irrequieto facilmente desalojaria o ovo, a fêmea muitas vezes injeta simultaneamente uma toxina que paralisa a lagarta ou outra vítima. A paralisia pode ser permanente, e a lagarta jaz viva, porém imóvel, com o agente de sua futura destruição preso no ventre. O ovo choca, a lagarta inerte se contorce e as larvas do marimbondo escavam e começam o macabro festim.”
Stephen Jay Gould
...

- Minha bôca está torta... Não aponte esse dedo sujo prá mim !!!

...

Um comentário:

Anônimo disse...

SINISTRO